segunda-feira, 16 de março de 2015


Nunca fui de pedir muito;
Sempre pedi o necessário.
Mas talvez seja um erro;
Um peso;
Um motivo;
Para desmerecer
Quem já sofre
E vai aprender
Que o melhor
É não depender

Não depender
Não depende
Da vontade
Se a vontade
É ter
O que não vai ter
Sem depender
Mesmo que;
Por um tempo
Vai ter que ser
Até “crescer”

Estudo
Profissão
Casa
Roupa
Comida...
Um dia vai poder
Ter
Sem ter motivos
Para se defender.

Talvez,
Não gostar de pedir.
Venha
Com o não querer:
Ouvir
Pesar
Cobrar
Depender
Endividar...
E não querer
Ter que pedir
Se pode(ria) vir
De boa vontade.
Que não há!

Crer...
Que tudo vai passar.
E,
A vida mostrar;
Que uma lágrima
Antecede um sorriso
E tranquilo
Recomeçar.
Tentar,
Seguir em frente;
Sem querer,
Atrapalhar.
Ou desistir de lutar...

(Renan Vinícius Gnatkowski)

sábado, 7 de março de 2015

Estive pensando...

Dias de mente e coração mais leves. Permito-me voltar a escrever algo tão livre que chega às vezes a se tornar abstrato...
 Deixo a inspiração me guiar e assim retomar meu blog. Blog este, que de anos de existência (me questiono quantos são) estava esquecido e abandonado, muita coisa foi deixada e poderia (pode) representar um passado não tão distante.
Talvez eu não soubesse dar continuidade nas postagens, por falta de tempo ou porque ele não fez mais parte da minha vida. Talvez sua existência fora criada com um objetivo, que hoje não convém, não é útil, ou não é possível seguir pelo “vão” que se criou entre o que foi escrito e onde hoje sou, estou.
O “vão” diria que são as mudanças. Mudanças de posição frente ao amor, frente a amigos, família, enfim, à vida.
Desde a primeira postagem muito do que me atravessou, foram às decepções e na maioria das vezes amorosas. Cada texto tem um significado particular, uma história registrada daquele momento singular, uma narrativa das minhas decepções, dos meus conturbados pensamentos, da minha inocência frente à vida e minha amadora forma de escrever.
Evito um pouco (ou muito, a ponto de não olhar mais o blog) voltar nos textos, pois vejo com outros olhos, de alguém que já passou por aquilo e que hoje quando olha tem a vontade incontrolável de corrigir. Corrigir aquela palavra mal usada, aquele erro de português, concordância, formatação, até a foto, o design, praticamente tudo (haha). E claro, talvez não ter passado por aquilo, embora hoje saiba que foi importante.
Mas, sei que se fizesse isso, iria apagar aquele que escreveu, aquela recordação... Não sou o mesmo para ter o “direito” de mudar (a escrita) algo de lá. Talvez o “dever” de aprender, elaborar, mas isso deixa pra terapia, meus devaneios, cobranças, planejamentos e reflexões da vida (haha)!
O registro aqui feito foi e será bom para perceber as diferenças, o amadurecimento e saber que quando o esquecimento das crises de adolescente (haha) se fizerem presentes, poderá de algum modo ser resgatado.
Resgatado, reinterpretado e aproximar-se um pouco de quem de fora lê e interpreta. Os tantos seguidores e milhares de visualizações que me aguçam a curiosidade do que tocou em cada um? O que foi entendido ou mal entendido? Que foge do controle pelo poder que o texto possui (emissor-mensagem-receptor hehe).
            Diria que, as reflexões desses dias se assemelham daquele “balanço” que todo mundo fala que tem que fazer na passagem de ano, que eu não consegui e nem fiz questão, pois sabia que não era o momento e nem iria conseguir. Pois faltava tempo, faltava parar tudo o que fazia, parar minha vida para perceber o que é realmente viver e me encontrar nisso tudo, que só foi possível nesses últimos dias.
            Não parar, talvez foi o que mais fiz esses anos. Cobro-me constantemente para não fazer isso, não negligenciar o “meu tempo”, não me sobrecarregar, pensar mais em mim. Mas entendo que o ideal está um pouco longe do possível.
Desses últimos anos tive os dias mais corridos, as dificuldades mais marcantes e um nível de exigência mais alto que já tive em todos os sentidos, da minha vida e dos mais próximos. Tive que ser mais forte, e fui, bem mais do que esperava ser para superar, elaborar e aguentar todo o caos, o terre e maremoto avassalador.
Talvez isso aproxime essa postagem com as demais, cada momento foi difícil, cada um foi preciso ser forte, cada um, queira ou não queira, foi ultrapassado com as suas perdas e ganhos. Agora possa achar as dificuldades próximas mais complicadas de serem enfrentadas, mas talvez as de anos atrás também foram, e as do futuro também irão ser. Impossível colocar um valor ou uma escala de danos e riscos, porque a vida não é feita disso, mas de momentos.
Quando comecei a escrever, não sabia se iria continuar, se apagar tudo e ir dormir,  terminar e não postar no blog, ou se ele iria fechar com um possível sentido que sempre busco encontrar. Mas, acho que  encontrei:
Talvez eu quisesse desabafar com você, meu querido e amigo blog.

(Renan Vinícius Gnatkowski)

Ps: A título de curiosidade, o blog faz 4 anos agora no dia 10 de março de 2015. São 50 postagens, 12.246 visualizações e 58 seguidores (haha)

sábado, 6 de julho de 2013

Momento Indefinível

A gente escuta a frase "faça o que te faz feliz" sem saber o que é felicidade...

Olhamos pra trás e vemos que está perdida!

Junto perdidos...

A procura

Algo mudou...

A felicidade também?

Virá outra?

Terei de esperar?

Vida de dúvidas ao mesmo tempo de 
quase-certezas...

Sem amor, paz e felicidade, sentimento vazio, quase um de não sentimentos...

Mas claro, estamos falando dos não desejáveis, evitáveis de nossa existência mas de grande sabedoria!

Num mundo de incertezas, medos e arrependimentos, encontramo-nos aqui sentados, escrevendo, lendo e tentando ao máximo descrever o que se passa, mas um insucesso, sabemos que é vago, incompreensível tanto a mim quando a vocês...

Há algo além...do entendimento, da certeza, do "falável", identificável...

Enquanto isso escrevo o que me é cognoscível no momento.


(Renan Vinícius Gnatkowski)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A história de Amor e Solidão


     Aquela linda ave que sempre foi livre,  nunca precisou de ninguém ao seu lado,  nunca teve amor e companhia,  mas mesmo assim nunca sentiu falta,  pois sempre foi acostumada a viver só de um modo independente de tudo,  encarando friamente seu dia a dia.  Essa ave era triste e não sabia.  O nome dela era Solidão.
    
    Um certo dia ela encontrou outra ave, chamada Amor, ora, foi um espanto, esta, era completamente diferente no seu modo de voar, seu modo de cantar, olhar e principalmente o modo de encarar a vida. Como era de se esperar, Solidão, não foi falar com a bela ave, o orgulho sempre esteve presente. Portanto Amor foi quem veio.

    Logo na primeira conversa,  Solidão foi falando tudo o que pensava,  sem parar,  palavras sendo ditas como um metralhadora ao ar livre,  palavras insignificantes que dizem nada com nada,  sem sentido,  sem emoção,  sem valor algum,  sem entendimento até para quem diz.  Amor se manteve calada,  ouvindo atenciosamente mesmo que tudo aquilo seja falado da boca pra fora.  

Em um instante de silêncio, Amor perguntou a Solidão: Você é feliz?
    
    Solidão que tudo respondia, a esta pergunta permaneceu em silêncio.  Não sabia responder, nunca havia se questionado quanto a isso, tinha seu próprio ponto de vista, enxergava a vida assim,  como sempre foi e sempre vai ser,  não há como mudar.

   Então, Amor contou-lhe sobre sua vida, falou das emoções, da felicidade, dos sonhos, conquistas assim como da tristeza, orgulho, maldade e sofrimento.  Solidão achou tudo aquilo uma besteira, uma tremenda perca de tempo,  e em minutos depois os dois começaram a discutir.  Dois pontos de vista diferentes,  duas aves num mesmo habitat,  mas   com histórias e maneiras de agir e pensar opostas.

    Amor por mais inteligente, grandioso que pareça até aqui,  não era perfeito,  não era um bom modo de ser uma ave (e não existe um modo certo de ser),  como todos nós imperfeitos e “incompletos”.  Amor apesar de dar valor a quem é, a sentimentos,  ao respeito com o outro, tinha um defeito enorme era muito dependente e inseguro, sentia tanta falta da outra pessoa como se ela fosse uma parte de seu corpo que minutos longe estaria morrendo, não conseguia ficar só, coisa muito diferente de Solidão,  assim como Solidão não conseguia ficar com alguém.  Eram opostos, totalmente diferentes, Solidão sem saber que os seus maiores defeitos era um pouco do que faltava em Amor (aprender a ter momentos sozinhos). E Amor com suas tantas qualidades tinha o que faltava em Solidão (aprender a viver com o outro e saber o que é a felicidade).
    Com o tempo, Solidão começou a refletir melhor o que Amor falava, e Amor fez o mesmo.  Cada um procurou pensar em si e ver o que poderia melhorar, e o que menos se esperava, aconteceu, eles formaram um casal.  Mesmo com suas diferenças, suas implicâncias, aprenderam a conviver juntos, havendo o amor, sentimento de entrega mútua, respeito, felicidade, valor ao que cada um representa na vida do outro, e solidão no sentido de que  cada um precisa de seu momento, cada um é diferente, as vezes precisa ficar só, é “completo” e a sua felicidade não depende necessariamente do outro, mas, que é com o outro que transbordamos esta felicidade, aprendemos a ser nós e eu ao mesmo tempo, aprendemos a compartilhar momentos, a entender outro ponto de vista, lutar para dar certo, entregar-se a um sentimento profundo e gigante mas também saber que terá que encarar a tristeza, dor e dificuldade pelo caminho. Tudo faz parte da vida, tristeza, felicidade, dor, prazer... só temos que saber conviver, aceitar, aguentar e melhorar.

    Será que Amor e Solidão viveram felizes para sempre? 
    Será que estão juntos até hoje?
   Bom,  eles podem nem ter ficado mais de um mês junto.   Ou então podem ter vivido um bom tempo feliz, por um tempo deu certo, mas teve que acabar, não era pra ser.  Ou então, eles estão até hoje um ao lado do outro, lutando para dar certo, convivendo cada um com os defeitos e qualidades do outro, passando pelas dificuldades, sofrendo também as vezes, porque não?  Mas ainda há aquele sentimento de felicidade muito forte, amor mútuo que os une num laço, que é difícil de ser desfeito, pois um necessita da companhia do outro e não pensa em outro alguém para estar ao lado.
(Renan Vinícius Gnatkowski)

domingo, 7 de outubro de 2012

And then is it?


   E o que eu faço com o amor que eu sinto por você?
   Onde eu guardo a lembrança de seu olhar que brilhava ao me ver?
   Seu sorriso tímido junto com seus olhos quase fechando? 
 O que eu faço com as tantas coisas que você me disse? 
Até aquelas as quais eu duvidei, fui um chato em discutir, aquelas que eu sabia que você tinha razão, mas duvidava... E aquelas então que você não tinha razão, mas era tão lindo, pois, era acompanhado de sua inquietude, tentando esconder a irritação pra gente não brigar...

   O que dizer de suas manias? Melhor, o que fazer pra esquecer suas manias? 
   A teimosia sempre presente, uma pessoa mais teimosa que eu, vai entender, eu sinto falta...
   Nosso tempo junto foi curto em comparação ao que podia ter sido.
   Tive tanto medo de te perder, que acabei de perdendo justamente por isso...
   Resumiria a relação entre o doce e o amargo. Uma combinação perfeita.
   Houve amor, sim...
  Mas o amor é suficiente? Vejo que não... Sempre é preciso mais, e esse algo a mais não chegou a tempo e a nossa relação acabou terminando.
  Agora estou aqui expondo meus sentimentos, tentando direcioná-lo para algum lugar já que é “impossível” ele ir até você.
  No momento encontro só esse modo de descarregá-lo. Um dia acho que ele acaba, quem sabe a cada texto que escrevo, a cada palavra que digo sobre você, a cada pensamento que tento ignorar, a cada dia que passo na rua que espero te encontrar e as pequenas coisas que me lembram você vão passando aos poucos... É isso que quer? Tem certeza?
  Bom, não é minha intenção exigir uma resposta... Mesmo eu já sabendo ela, pois você cansou de me dar ela, não?
  Acho que o texto acaba por aqui, como tudo na vida acaba. Mas acaba sempre deixando marcas, até quando morremos. Como a marca de nossa presença que fica nas pessoas que amamos.


(Renan Vinícius Gnatkowski)

sábado, 6 de outubro de 2012

Sentir saudade dói


Sentir saudade de quem não há nenhuma possibilidade de estar junto dói mais ainda.
Sentir saudade pensando nas coisas boas.
Sentir pena das coisas que foram feitas erradas e dor por não ter como consertá-las.
Já  esqueci de quantas vezes me perguntei, será que podemos voltar? O que nos impede? 
Porque eu ainda sinto?
        
         Pra não me direcionar para um lado só, saudade é boa, sim é...  Mas, quando temos 
a possibilidade de ter junto este alguém.  Sentir saudade dos momentos bons e saber que isso pode acontecer mais e mais vezes e ainda ser melhor do que o esperado...

Mas, algumas coisas são interrompidas no meio do caminho.

       Sabe aquele trajeto que você construiu e achou que um dia ia realizar com este alguém? Hoje sobraram só saudades e o sentimento sufocado aqui dentro sem poder sair.
  E nisso vamos levando, fugindo dessas coisas mais e mais a cada dia, acreditando que vamos superar e esquecer parcialmente. Vamos seguindo acreditando no amanhã e suas incertezas, obstáculos, surpresas e no eterno surpreender.
   Sentimento faz parte na ligação com uma pessoa, o afastamento depois faz parte, é um risco, seres humanos são diferentes, e a cada dia percebo que o jeito mais errado é querer encontrar alguém igual, idêntico a você, estamos aí para encontrar alguém com uma boa companhia, que seja com suas loucurinhas, com suas “piras”, com seus gostos, mas que no fundo haja amor, respeito, compreensão e uma relação de um melhorar, aprender e viver bem com o outro.

(Renan Vinícius Gnatkowski)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Felizes ou Tristes, a Vida Continua...


"Em um mundo de mentiras dizer a verdade é um ato revolucionário."
A cada dia percebo mais que essa frase faz sentido. Dizer a verdade não é pra qualquer um, às vezes é tão fácil viver na mentira. Mas qual o sentido de fazer isso? Que tipo de pessoa a gente vai se tornar? 
Mesmo que doa, a gente sofra, falar a verdade pode ser bem mais gratificante, mais vivo, do que viver sempre num mundinho que não nos pertence ou que não é realmente nosso. Eu sei que a gente corre o risco de perder pessoas, ser julgado e maltratado, mas enfim, a vida é isso, não? Nunca foi fácil, e nem será. Mas o importante é estarmos bem consigo mesmos, e perceber que no meio disso tudo há quem te apoie e te entenda, e por mais que a reação das pessoas num primeiro momento seja amedrontador, incompreensível, o tempo vai acalmando e colocando as coisas nos eixos, pode até ser que nada seja como antes, ou que volte como era ou tudo mude e seja bem melhor agora. Mas a incerteza faz parte da vida, viver o momento, tomar decisões e enfrentá-las é preciso de muita coragem, e no meio disso tudo percebemos que temos sim essa coragem, força... para coisas que nunca imaginaríamos.

Claro, ser forte sempre não é possível, chegarão momentos onde vamos desabar, mas isso faz parte, não nascemos para sermos sempre sempre fortes, viemos a esse mundo, sem saber o porquê, mas que com o passar dos dias, vamos percebendo o nosso eixo, onde queremos ou devemos estar, tendo a felicidade de ser quem somos e a tristeza de não podermos ser quem querem que sejamos. Entram aí, as pessoas que nos amam apesar de tudo e isso é o que realmente importa.
Dizer a verdade é colocar tudo em risco, nossos sonhos, nossa vida, nosso porto até então seguro, nosso relacionamento com as pessoas, a nossa imagem perante todos, mesmo que ela nunca seja como realmente a gente é...
Outra coisa que aprendi durante esses dias, é que lutar por nossos direitos, os verdadeiros, vai fazer as pessoas de fora nos chamarem de loucos, infantis e sem respeito, esquecendo que na vida sempre temos que lutar pelas coisas, "nada está seguro". E se as pessoas de fora não percebem, nós que percebemos a tempo temos que lutar, antes que isso morra e o pior aconteça.
         O Estranho é pensar que tudo está bem, todos estão certos e há só um modo correto de se viver e pensar. Essa é a nossa sociedade, nosso mundo, ter uma visão das coisas parece algo tão compreensível, é tão difícil olhar um pouco além? Não colocar coisas, pensamentos, ideologias acima de pessoas? Devemos sempre pensar em entender o próximo, que nós poderíamos estar em seu lugar, viemos para amarmos uns aos outros, respeito é algo digno de um bom ser humano, solidariedade e compreensão levariam tudo a um melhor modo de viver.
        Passam-se os dias e aprendo muita coisa, tanto sobre mim, como sobre as pessoas a minha volta, como na sociedade como um todo. Às vezes, bate a tristeza de pensar que as coisas são assim, nos sentimos deslocados desse ambiente, quase que impossibilitados de mudar tanta coisa, mas mesmo assim não desistimos. A cada dia de nossas vidas, aprendemos mais sobre o mundo, as grandes maravilhas como as piores e mais negativas experiências. A nossa volta há mais maldade do que imaginávamos, mas há quase sempre também o amor e compreensão.
Escrevo minhas ultimas palavras neste texto, sinceramente pela primeira vez, não sabendo como terminá-lo, pois ele não tem um fim, é um pensamento a ser moldado todo dia, trazendo novas experiências de vida, mostrando a incerteza do que há por vir e os vários momentos de felicidade, orgulho, superação, tristeza, derrota e sofrimento.

 (Renan Vinícius Gnatkowski)