quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A história de Amor e Solidão


     Aquela linda ave que sempre foi livre,  nunca precisou de ninguém ao seu lado,  nunca teve amor e companhia,  mas mesmo assim nunca sentiu falta,  pois sempre foi acostumada a viver só de um modo independente de tudo,  encarando friamente seu dia a dia.  Essa ave era triste e não sabia.  O nome dela era Solidão.
    
    Um certo dia ela encontrou outra ave, chamada Amor, ora, foi um espanto, esta, era completamente diferente no seu modo de voar, seu modo de cantar, olhar e principalmente o modo de encarar a vida. Como era de se esperar, Solidão, não foi falar com a bela ave, o orgulho sempre esteve presente. Portanto Amor foi quem veio.

    Logo na primeira conversa,  Solidão foi falando tudo o que pensava,  sem parar,  palavras sendo ditas como um metralhadora ao ar livre,  palavras insignificantes que dizem nada com nada,  sem sentido,  sem emoção,  sem valor algum,  sem entendimento até para quem diz.  Amor se manteve calada,  ouvindo atenciosamente mesmo que tudo aquilo seja falado da boca pra fora.  

Em um instante de silêncio, Amor perguntou a Solidão: Você é feliz?
    
    Solidão que tudo respondia, a esta pergunta permaneceu em silêncio.  Não sabia responder, nunca havia se questionado quanto a isso, tinha seu próprio ponto de vista, enxergava a vida assim,  como sempre foi e sempre vai ser,  não há como mudar.

   Então, Amor contou-lhe sobre sua vida, falou das emoções, da felicidade, dos sonhos, conquistas assim como da tristeza, orgulho, maldade e sofrimento.  Solidão achou tudo aquilo uma besteira, uma tremenda perca de tempo,  e em minutos depois os dois começaram a discutir.  Dois pontos de vista diferentes,  duas aves num mesmo habitat,  mas   com histórias e maneiras de agir e pensar opostas.

    Amor por mais inteligente, grandioso que pareça até aqui,  não era perfeito,  não era um bom modo de ser uma ave (e não existe um modo certo de ser),  como todos nós imperfeitos e “incompletos”.  Amor apesar de dar valor a quem é, a sentimentos,  ao respeito com o outro, tinha um defeito enorme era muito dependente e inseguro, sentia tanta falta da outra pessoa como se ela fosse uma parte de seu corpo que minutos longe estaria morrendo, não conseguia ficar só, coisa muito diferente de Solidão,  assim como Solidão não conseguia ficar com alguém.  Eram opostos, totalmente diferentes, Solidão sem saber que os seus maiores defeitos era um pouco do que faltava em Amor (aprender a ter momentos sozinhos). E Amor com suas tantas qualidades tinha o que faltava em Solidão (aprender a viver com o outro e saber o que é a felicidade).
    Com o tempo, Solidão começou a refletir melhor o que Amor falava, e Amor fez o mesmo.  Cada um procurou pensar em si e ver o que poderia melhorar, e o que menos se esperava, aconteceu, eles formaram um casal.  Mesmo com suas diferenças, suas implicâncias, aprenderam a conviver juntos, havendo o amor, sentimento de entrega mútua, respeito, felicidade, valor ao que cada um representa na vida do outro, e solidão no sentido de que  cada um precisa de seu momento, cada um é diferente, as vezes precisa ficar só, é “completo” e a sua felicidade não depende necessariamente do outro, mas, que é com o outro que transbordamos esta felicidade, aprendemos a ser nós e eu ao mesmo tempo, aprendemos a compartilhar momentos, a entender outro ponto de vista, lutar para dar certo, entregar-se a um sentimento profundo e gigante mas também saber que terá que encarar a tristeza, dor e dificuldade pelo caminho. Tudo faz parte da vida, tristeza, felicidade, dor, prazer... só temos que saber conviver, aceitar, aguentar e melhorar.

    Será que Amor e Solidão viveram felizes para sempre? 
    Será que estão juntos até hoje?
   Bom,  eles podem nem ter ficado mais de um mês junto.   Ou então podem ter vivido um bom tempo feliz, por um tempo deu certo, mas teve que acabar, não era pra ser.  Ou então, eles estão até hoje um ao lado do outro, lutando para dar certo, convivendo cada um com os defeitos e qualidades do outro, passando pelas dificuldades, sofrendo também as vezes, porque não?  Mas ainda há aquele sentimento de felicidade muito forte, amor mútuo que os une num laço, que é difícil de ser desfeito, pois um necessita da companhia do outro e não pensa em outro alguém para estar ao lado.
(Renan Vinícius Gnatkowski)

domingo, 7 de outubro de 2012

And then is it?


   E o que eu faço com o amor que eu sinto por você?
   Onde eu guardo a lembrança de seu olhar que brilhava ao me ver?
   Seu sorriso tímido junto com seus olhos quase fechando? 
 O que eu faço com as tantas coisas que você me disse? 
Até aquelas as quais eu duvidei, fui um chato em discutir, aquelas que eu sabia que você tinha razão, mas duvidava... E aquelas então que você não tinha razão, mas era tão lindo, pois, era acompanhado de sua inquietude, tentando esconder a irritação pra gente não brigar...

   O que dizer de suas manias? Melhor, o que fazer pra esquecer suas manias? 
   A teimosia sempre presente, uma pessoa mais teimosa que eu, vai entender, eu sinto falta...
   Nosso tempo junto foi curto em comparação ao que podia ter sido.
   Tive tanto medo de te perder, que acabei de perdendo justamente por isso...
   Resumiria a relação entre o doce e o amargo. Uma combinação perfeita.
   Houve amor, sim...
  Mas o amor é suficiente? Vejo que não... Sempre é preciso mais, e esse algo a mais não chegou a tempo e a nossa relação acabou terminando.
  Agora estou aqui expondo meus sentimentos, tentando direcioná-lo para algum lugar já que é “impossível” ele ir até você.
  No momento encontro só esse modo de descarregá-lo. Um dia acho que ele acaba, quem sabe a cada texto que escrevo, a cada palavra que digo sobre você, a cada pensamento que tento ignorar, a cada dia que passo na rua que espero te encontrar e as pequenas coisas que me lembram você vão passando aos poucos... É isso que quer? Tem certeza?
  Bom, não é minha intenção exigir uma resposta... Mesmo eu já sabendo ela, pois você cansou de me dar ela, não?
  Acho que o texto acaba por aqui, como tudo na vida acaba. Mas acaba sempre deixando marcas, até quando morremos. Como a marca de nossa presença que fica nas pessoas que amamos.


(Renan Vinícius Gnatkowski)

sábado, 6 de outubro de 2012

Sentir saudade dói


Sentir saudade de quem não há nenhuma possibilidade de estar junto dói mais ainda.
Sentir saudade pensando nas coisas boas.
Sentir pena das coisas que foram feitas erradas e dor por não ter como consertá-las.
Já  esqueci de quantas vezes me perguntei, será que podemos voltar? O que nos impede? 
Porque eu ainda sinto?
        
         Pra não me direcionar para um lado só, saudade é boa, sim é...  Mas, quando temos 
a possibilidade de ter junto este alguém.  Sentir saudade dos momentos bons e saber que isso pode acontecer mais e mais vezes e ainda ser melhor do que o esperado...

Mas, algumas coisas são interrompidas no meio do caminho.

       Sabe aquele trajeto que você construiu e achou que um dia ia realizar com este alguém? Hoje sobraram só saudades e o sentimento sufocado aqui dentro sem poder sair.
  E nisso vamos levando, fugindo dessas coisas mais e mais a cada dia, acreditando que vamos superar e esquecer parcialmente. Vamos seguindo acreditando no amanhã e suas incertezas, obstáculos, surpresas e no eterno surpreender.
   Sentimento faz parte na ligação com uma pessoa, o afastamento depois faz parte, é um risco, seres humanos são diferentes, e a cada dia percebo que o jeito mais errado é querer encontrar alguém igual, idêntico a você, estamos aí para encontrar alguém com uma boa companhia, que seja com suas loucurinhas, com suas “piras”, com seus gostos, mas que no fundo haja amor, respeito, compreensão e uma relação de um melhorar, aprender e viver bem com o outro.

(Renan Vinícius Gnatkowski)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Felizes ou Tristes, a Vida Continua...


"Em um mundo de mentiras dizer a verdade é um ato revolucionário."
A cada dia percebo mais que essa frase faz sentido. Dizer a verdade não é pra qualquer um, às vezes é tão fácil viver na mentira. Mas qual o sentido de fazer isso? Que tipo de pessoa a gente vai se tornar? 
Mesmo que doa, a gente sofra, falar a verdade pode ser bem mais gratificante, mais vivo, do que viver sempre num mundinho que não nos pertence ou que não é realmente nosso. Eu sei que a gente corre o risco de perder pessoas, ser julgado e maltratado, mas enfim, a vida é isso, não? Nunca foi fácil, e nem será. Mas o importante é estarmos bem consigo mesmos, e perceber que no meio disso tudo há quem te apoie e te entenda, e por mais que a reação das pessoas num primeiro momento seja amedrontador, incompreensível, o tempo vai acalmando e colocando as coisas nos eixos, pode até ser que nada seja como antes, ou que volte como era ou tudo mude e seja bem melhor agora. Mas a incerteza faz parte da vida, viver o momento, tomar decisões e enfrentá-las é preciso de muita coragem, e no meio disso tudo percebemos que temos sim essa coragem, força... para coisas que nunca imaginaríamos.

Claro, ser forte sempre não é possível, chegarão momentos onde vamos desabar, mas isso faz parte, não nascemos para sermos sempre sempre fortes, viemos a esse mundo, sem saber o porquê, mas que com o passar dos dias, vamos percebendo o nosso eixo, onde queremos ou devemos estar, tendo a felicidade de ser quem somos e a tristeza de não podermos ser quem querem que sejamos. Entram aí, as pessoas que nos amam apesar de tudo e isso é o que realmente importa.
Dizer a verdade é colocar tudo em risco, nossos sonhos, nossa vida, nosso porto até então seguro, nosso relacionamento com as pessoas, a nossa imagem perante todos, mesmo que ela nunca seja como realmente a gente é...
Outra coisa que aprendi durante esses dias, é que lutar por nossos direitos, os verdadeiros, vai fazer as pessoas de fora nos chamarem de loucos, infantis e sem respeito, esquecendo que na vida sempre temos que lutar pelas coisas, "nada está seguro". E se as pessoas de fora não percebem, nós que percebemos a tempo temos que lutar, antes que isso morra e o pior aconteça.
         O Estranho é pensar que tudo está bem, todos estão certos e há só um modo correto de se viver e pensar. Essa é a nossa sociedade, nosso mundo, ter uma visão das coisas parece algo tão compreensível, é tão difícil olhar um pouco além? Não colocar coisas, pensamentos, ideologias acima de pessoas? Devemos sempre pensar em entender o próximo, que nós poderíamos estar em seu lugar, viemos para amarmos uns aos outros, respeito é algo digno de um bom ser humano, solidariedade e compreensão levariam tudo a um melhor modo de viver.
        Passam-se os dias e aprendo muita coisa, tanto sobre mim, como sobre as pessoas a minha volta, como na sociedade como um todo. Às vezes, bate a tristeza de pensar que as coisas são assim, nos sentimos deslocados desse ambiente, quase que impossibilitados de mudar tanta coisa, mas mesmo assim não desistimos. A cada dia de nossas vidas, aprendemos mais sobre o mundo, as grandes maravilhas como as piores e mais negativas experiências. A nossa volta há mais maldade do que imaginávamos, mas há quase sempre também o amor e compreensão.
Escrevo minhas ultimas palavras neste texto, sinceramente pela primeira vez, não sabendo como terminá-lo, pois ele não tem um fim, é um pensamento a ser moldado todo dia, trazendo novas experiências de vida, mostrando a incerteza do que há por vir e os vários momentos de felicidade, orgulho, superação, tristeza, derrota e sofrimento.

 (Renan Vinícius Gnatkowski)

sábado, 2 de junho de 2012

100 sentido(s)


Andando numa estradinha, passando por pedrinhas e mais pedrinhas tão minúsculas que nem nos damos conta de sua presença neste caminho. Continuando, vamos encontrando mais pedras ao nosso lado, mas estas são diferentes, são bem maiores, umas até nos fazem sombra, mas não nos afetam diretamente. Ora, por que nos preocupar com isso? Não está nos fazendo mal...
Seguindo caminho, essas tantas pedras ao lado não desaparecem, e começam a aparecer na nossa caminhada outras, mas estas não tão pequenas como as de antes, tomam uma dimensão um pouco maior, mas hora... Ainda não nos afetam, podemos passar por elas, erguer um pé e outro e passar por cima, somos maiores, isso não vai nos prejudicar.
Com mais tempo de caminhada, andando e andando, passando por diversos lugares, conhecendo inúmeras coisas, logo percebemos que no decorrer do caminho as pedras vão se tornando maiores, chega um ponto em que não é possível mais passar por cima, não basta apenas erguer os pés, mas ainda há alternativas, desviá-las ou ainda empurrar, levaria um pouco mais de esforço, mas, conseguiríamos continuar a caminhada.
Seguindo, logo vai dificultando-se a jornada. Até chegar um ponto onde tudo o que se fez lá atrás não adianta mais, não dá para passar por cima, não dá para empurrar para o lado, desviar. Um paredão como se as pedras que no começo estavam do nosso lado fazendo algumas vezes sombra entrassem no nosso caminho. Estamos presos pelo lado e pela frente, voltar não dá mais, o que já passamos não é possível retornar, é um caminho fragmentado e sem volta.
O que iremos fazer? Enfrentar essas pedras e destruí-las com todas as nossas forças? Sentar e esperar, sofrer por não poder fazer nada? Tentar subi-las, com possibilidade de cair e se machucar não podendo agarrar em nada, deslizar pelas dificuldades, procurar um ponto de apoio, e se não houver? Esperar um terremoto, uma explosão, para destruí-las? Mas a gente no meio disso tudo vai aguentar esses eventos, esperando que a pedra não aguente e se desfaça, e aí o caminho estar aberto? Será que é melhor sentarmos e esperar o tempo dar uma solução? A chuva aparecer, um dia forte outro dia fraco, a garoa, logo após o sol, o vento e a chuva novamente, o que vamos fazer enquanto isso? Continuarmos parados? Em que mundo estamos? 
O que faz uma pedra ao nosso lado e na nossa frente? Por que na verdade estamos sozinhos? Por que não podemos voltar? Por que não aparece alguém? Por que? Eu não queria estar aqui, por que estou? Deixa eu sair, eu prosseguir, me dá uma ajuda, mas se estou sozinho a quem peço? É eu, é só isso? Eu e dificuldades, eu e o tempo, eu e meus pensamentos e sentimentos, eu, eu, eu, eu... e mais “alguém ou alguéns” me afetando diretamente que nem sei onde está e por que está, se é que existem. Onde é isso?

(Renan Vinícius Gnatkowski)

sexta-feira, 9 de março de 2012

E Hoje o Blog completa 1 Ano...õ/

Quem diria que levaria tão adiante esse blog, não por tratá-lo como algo qualquer, pelo contrário, representa muito pra mim, é parte de meu ser, são minhas palavras... Mas é que ele começou de um modo muito intenso, com textos tão profundos, que achava que não conseguiria escrever tanto, ou propriamente gostar e ter coragem de postar novos textos. E veja só, são 43 textos junto com esse, e a cada novo, foi uma parte de minha história descrita aqui, momentos de intensa dor, solidão, saudade, humilhação, amor, ódio, felicidade e por aí vai...
Confesso que serviu também como uma terapia, quantas vezes eu me prender durante a madrugada a escrever para calar meus pensamentos e vir e escolher o modo quase perfeito de colocar os textos...
O que mais motiva a escrever e postar textos no blog são as pessoas que lêem e sempre vêm me falar algo, algumas um tanto impressionadas, me perguntando se fui eu que escrevi aquilo, ou identificando-se com tal texto, muitos também nem preferem falar nada, mas entram aqui e sempre estão lendo... Obrigado!
Uma das certezas é o aprendizado, é bom olhar pra trás, digo olhar meus primeiros textos, e pensar, ‘Puxa...Eu pensava assim, estava vivendo um momento difícil e único.’ E o mais gratificante foi que aquilo é coisa superada já...
Hoje dia 10 de Março de 2012, 1 ano de blog, 55 grandes seguidores, 4.442 visitantes e um orgulho aqui dentro de poder escrever e saber que existem pessoas que dão valor a coisas simples e palavras vindas do coração...
        Que venham muitos e muitos anos com o blog sendo atualizado, novos leitores apareçam e o melhor que ele sirva para tocar os corações desse coração desfeito em palavras...
Obrigado! 
 Renan Vinícius Gnatkowski

sábado, 3 de março de 2012

"Três mundos", dentro de um ser...

Sabe... Por um momento eu achei que poderia ser diferente, que felicidade não era só uma passagem para a entrada  da desilusão e tristeza...Olha, como eu estou agora, você pode entender?
Eu vi, eu vi a gente junto, eu acreditei...

Eu vi que você me ajudaria na minha caminhada por meus sonhos, é meu futuro, é meu futuro. Você não está vendo? Cadê sua ajuda?
Você não está vendo que isso está afetando a mim e as pessoas envolvidas?

Por um momento eu achei que conseguiria ir contra o pensar "do mundo", pensei que seria forte pra seguir acreditando, que o seu certo, iria se acabar...Mas quanto a isso ainda posso fazer algo a respeito...

Mas quanto ao resto? Você² não está vendo que eu estou aqui no chão, eu caí, sabia? Eu preciso de ajuda também, eu quero um apoio, eu quero a certeza...
Tudo está me empurrando, eu já não tenho equilíbrio, estou me machucando, sendo arrastado no chão, feridas nem foram cicatrizadas ainda, formei novas...
É assim? É assim?
Sofrendo desse jeito que a gente consegue algo? Quem garante que eu vou conseguir? Que eu vou encontrar você? Que eu vou ser forte sempre?

Na mistura de dores, dificuldades, negações...Encontro de sentimentos, rola a lágrima para a confiança voltar e mais uma porta se abrir...

           (Renan Vinícius Gnatkowski)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A pouco tempo...

   Ontem eu procurei um meio de fugir de minhas dores, foi como um anestésico...
Eu busquei me divertir, sem maldade e com o máximo de respeito para o ambiente...
   Descobri lá que mesmo você longe, a gente nem conversando, não tendo absolutamente nada, só lembranças e alguns sentimentos que insistem em ficar, eu não quis ninguém...
   Penso que poderia ter qualquer pessoa nesse ambiente, não importa, decidi me manter sozinho.
   A solidão que me encontro, pretendo mantê-la, não sei até quando. Sei que é a melhor coisa para o momento...
   Não quero construir fantasias em cima de uma que foi destruída há pouco tempo, o sentimento está aqui presente, de tempo em tempo ele volta e dói. É difícil segurar a barra, mas como antes isso vai acabando até surgir um ar limpo, onde nada incomoda. E eu sei isso existe, a pouco tempo estava bem comigo, bem com  meu coração com as pessoas, até você aparecer, não culpo, mas é que minha solidão foi tirada quando estava em meu melhor momento da vida, minha felicidade no começo foi duplicada eu confesso, mas depois tudo foi devastado por uma fumaça preta que varreu tudo de bom, criando um clima péssimo onde nem eu nem você nem ninguém entendeu.
   Às vezes me pego pensando, o que será que aconteceu com a gente? É assim mesmo? Vai ficar desse jeito? É... Esse é o fim!
   Há pouco tempo estava remoendo uma dor forte. Foi uma mistura com a saudade, um sentimento urgente. Sabe dói lembrar tudo, dói me ver aqui e agora como estou, dói eu pensar no que fazer, dói para achar uma solução diferente.
   O Amor veio, trouxe felicidade, isso é bom não reclamo, mas por que tinha que acabar com a dor? E ainda por cima de um modo tão marcante e desnecessário...
   Só peço uma coisa que qualquer pessoa que entre em minha vida, se for pra tirar minha solidão, que não tire pra me deixar pior, pra me destruir como pessoa. Que algo de bom fique e seja tão marcante que supere tudo de ruim que insistir depois em ficar. Ou então, pra que acabar? Que venha da próxima vez com uma pitada de sorte, de confiança, respeito mútuo e de coragem... Pedir assim é tão superficial, a gente deseja tanta coisa, bom se tudo se realizasse ou ao menos boa parte, aquela parte que nos traz aquele sorriso de orelha a orelha logo de manhã, um bem com a vida...Droga! Já pensei em você,e logo em seguida veio a dor com o porquê de tudo ter acabado...
   Ô sentimento!... Não sei de onde você vem, para que ao certo vem... Poderia ter ido embora por que insiste em ficar? Maltratando-me numa noite triste e solitária e fazendo-me parar de fazer tudo que estava fazendo para escrever, para acalmar o coração e ver se assim a noite muda de tom e o meu desejo se concretize, de que o amor seja algo bom...
                              
(Renan Vinícius Gnatkowski)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Frio...

    Você já parou pra pensar que a vida às vezes parece um teatro num palco diferente, com pessoas diferentes, mas com o sentimento, sensação e fim igual? Como uma história contada por pessoas diferentes que acaba mudando sempre alguma coisa, mas o sentido dela é o mesmo...
   Ou então uma novela reprisada várias e várias vezes, mudando o elenco, a época, os atores, mas ela acaba sendo a mesma, e você tão preso a ela acaba sentindo aparentemente tudo diferente, pois é como se na primeira vez ficasse tudo escondido lá no passado e agora volta e isso faz surgir e reviver esse sentimento como se nunca tivesse sido mostrado.
     Isso me faz pensar que estamos aqui procurando e procurando, mas no fim é a mesma coisa, é o mesmo sentimento, mas expressado de modo diferente, para pessoas diferentes...
       É até estranho pensar assim. Você já imaginou amar uma pessoa sabendo que está amando com o mesmo sentimento que já amou a pessoa do passado? Pois temos apenas um sentimento, é nosso. Acontece que ele só é transmitido de modos diferentes de acordo com a pessoa. Com umas é mais forte, intenso; outras, fica até superficial.
     Não estou aqui pra afirmar nada, na verdade nem sei se concordo com isso, seria uma coisa fora do comum e até desanimadora. Mas só descrevi o que meu coração resolveu falar, ou na verdade o cérebro mostrou-se com força e deu um banho de água fria no coração.

                                                                                                          (Renan Vinícius Gnatkowski)                                                                                        

Bem vindo 2012...

    Comecei esse ano de um modo muito diferente dos outros, e não falo daquela ladainha de “ah esse ano vai ser diferente”, sendo que isso ocorre nos primeiros dias só para maioria das pessoas.
    Minha tentativa de mudança não começou esse ano, mas vieram com promessas, grande vontade e entusiasmo do final de 2011, comecei cumprindo o que prometi e resolvi ser mais prático, correr riscos, fazer loucuras, para assim saber o que é pra dar certo.
    Convenci-me de que vou viver, no sentido de se der certo beleza, se não der paciência, vou levar como aprendizado. Vou buscar decidir, tomar uma atitude, me mexer frente às circunstâncias e não deixar a felicidade ir embora, não parar, não ficar acomodado enquanto as coisas estão acontecendo.
    Esse é o sentido da vida não? Sorrir, sofrer, cair, levantar, cair mais vezes, mas nunca se esquecer que terá que levantar e isso depende somente de você, é decisão sua ficar parado ou começar a agir para melhorar a situação. Sentir fortes emoções seja elas de muita felicidade, ou de intensa dor e tristeza, porque não podemos evitar de que os eventos aconteçam, podemos enfrentá-los , curti-los e seguir em frente para novos e mais novos que com certeza felizes haverá sim, mesmo que sejam poucos, mas com certeza estará guardado no livro da vida, em uma página muito especial de dias já passados.                                                                 
  (Texto em partes “influenciado” por conselhos de um amigo)

                                                                                                       (Renan Vinícius Gnatkowski)

To indo viajar nos sonhos...

Pra isso não pago passagem. Não pago combustível. Não tenho hora pra voltar, nem lugar para decidir. 
O que vier é bem aceito...
Não ligo se aqui no mundo as coisas estão desse jeito...
De meus sonhos não quero acordar...
Quero presenciar coisas estranhas, sem sentido, sem respostas e definições feitas.
Quero tudo que fuja da realidade, por que aaah....
Hoje quero sair do convencional, limitado, nomeado e rotulado...
Ir pra onde não haja obrigações, onde eu apenas sonhe, viva, pense, me confunda e simplesmente viaje sem lugar certo a chegar.
Lugar sem dimensões, surpreendente onde você nem ninguém possa me cobrar...
Estou aqui por vontade própria, este é meu sonho e se você não gosta...
Aaah
Eu vim apenas pra sonhar, não pra lhe agradar. Não está satisfeito?  Saia do meu sonho e pare de me amolar...
                                                                                  (Renan Vinícius Gnatkowski)

Falta...

Sabe hoje eu acordei e foi como faltasse algo...
Era você...
Hoje foi um dia diferente dos demais, eu acordei mais cedo, poderia ter levantado, mas decidi dormir mais um pouco pra deixar o choque do que aconteceu ontem à noite para pensar depois.
Sabe, algumas coisas na vida são tão complicadas, e como sempre tenho que tomar uma decisão...
Só queria que as coisas se ajeitassem e a que sinto dúvidas, me fosse esclarecido por você.
Fui um livro aberto, onde os mais estreitos segredos foram revelados. Onde cada página que possuía grandes escritos da minha história, foi você quem leu, quem descobriu... Quase todas as páginas foram lidas e entendidas por você e quando falo quase todas, não foram simples e poucas, foram as mais especiais, as que guardo comigo e só mostraria a quem realmente confiei.
Confesso, não é fácil mostrar assim, o livro da vida pra alguém, tem coisas que são incômodas, vergonhosas e sabe não gostaria de ter contado, mas algo me fez falar, isso foi sinal de confiança e de que estou me abrindo a você...
"Compositor de destinos. Tambor de todos os ritmos. Tempo tempo tempo tempo" (Oração ao Tempo - Caetano Veloso)
Como sempre digo, o tempo vai mostrar o que fica e o que vai embora, mas isso é em decorrência de nossas atitudes. Tempo, tempo, tempo esse que vai mostrando o que é verdadeiro, o que é forte e vai nos ajudando a fazer um determinado futuro. Mas há ainda coisas que são pra ser, que a gente pode estar jogando fora, mas que vão voltar porque é melhor para nós...
Com o tempo as coisas vão se enquadrando e que fique ao menos... A felicidade!

(Renan Vinícius Gnatkowski)

Hoje contei aos céus o que queria...

Pedi leveza e paz para meu coração...
  Pedi mais força para aguentar o que for preciso, sofrer se for necessário e crescer para ser alguém melhor... Principalmente em caráter...
  Pedi para ser diferente em coisas que hoje são meus maiores defeitos...
   Pedi antes de tudo coragem, pois sem ela eu não consigo enfrentar qualquer situação, não consigo me ajudar nem ajudar aos outros.         
  Aqueles que por algum motivo não sabem o que fazer em um dia que seu coração tem sentimentos de falta, uma dor por dentro que foi corroendo e que agora clama por ajuda.
        Pedi e mesmo que você duvide fui ouvido...
   E estou aqui hoje firme e forte, aprendendo com os erros e procurando ser talvez, a pessoa que você não gosta, mas que é pra ser assim no momento, com feridas, conhecimentos, medos e com fé do que está por vir...
(Renan Vinícius Gnatkowski)

Escrever...

    Meus pensamentos rodam e rodam em minha cabeça, vou tentando desvendá-los e o mais importante, tentando transmiti-los...
    Sabe... Como se precisasse tirar isso para fora, pois não há para quem mostrá-los, busco a mim mesmo nas palavras. Uma conversa entre meu ser e o que está sendo mostrado. Sei que não é tudo que consigo jogar aqui, mas considero que é o importante para me sentir melhor. 
  Às vezes ou sempre, escrever não é por demonstrar que sabe escrever coisas lindas, por prazer simplesmente; é quase sempre por necessidade. 
    Quem duvidará que textos escritos em momentos terríveis não salvem uma vida? Às vezes escrevemos para poder falar, se abrir, se entender... As coisas não são fáceis, nunca é, e momentos assim vêm e vão, basta sabermos controlá-los e buscarmos o melhor para ficar de bem consigo.
                                                                                           (Renan Vinícius Gnatkowski)

E é quando o coração bate acelerado

    Quando você se dá conta que entrou mais uma vez em “outro campo”...
  O campo onde tudo pode acontecer. Ser feliz, ou ter mais uma desilusão.
    O campo do desconhecido, onde não se tem regras. Faltas não serão punidas, você entrou nesse jogo porque se deixou levar, e sair dele? Bom, tudo depende do que você sente e de que intensidade tudo está.
    Sairá se você se der conta de que deve desistir de tudo e não deveria nem estar ali. Que não vai precisar daquilo e nem irá fazer falta.
    Mas, quem tem essa certeza? Considero que poucos, mas para muitos é necessário fazer isso, algumas coisas não fazem mais sentido, e levar a diante não irá transformar o inferno no céu que é no momento de encanto quando se conhece alguém, porque alguns sentimentos inexistem e inventá-los? não é a melhor solução.
                                                                                  
                                                                                                  (Renan Vinícius Gnatkowski)