“Alguém bate na porta...”

É a solidão...

  Como num filme de terror, essa porta se abre sozinha e ninguém entra... Só o vento do inverno que me faz tremer. Assim, tremendo percebo que não há cobertores que me esquentem, pois o frio está dentro do meu coração...

  Este que agora ficou gelado, sombrio e vazio. Os ecos aqui presentes são de tristeza que clamam por novas certezas e momentos para poder sorrir de novo.

  A escuridão presente, sem pontos que possam dar sinais de luz. Cantos sujos que um dia foram ocupado por pessoas que entraram aqui, habitaram o local e saíram na maior felicidade após destruírem o que um dia foi inexplicável, crentes que lá fora também fazendo o mal serão felizes entrando e saindo da vida das pessoas sem ter noção de como estão sendo horríveis e imorais. São pessoas que não dão valor as coisas simples e verdadeiras, não têm gratidão e nem possuem o respeito que todo e qualquer ser humano tem direito...

  Cuidado para quem você abre a porta do seu coração, pois conforme o habitante poderá poluir o local e levar junto todos os outros que moravam ali.

  Você. Então acabará ficando sozinho no local onde não tem mais nada, só o lixo que deixaram para você varrer. Mas cuidado, muito desse lixo ainda pode te ferir, o jeito é limpar com calma, despoluir e só abrir as portas quando estiver limpo e principalmente quando estiver preparado e você souber quem realmente deve entrar...

                                                                                            

                                                                                                    (Renan Vinícius Gnatkowski)