Andando
numa estradinha, passando por pedrinhas e mais pedrinhas tão minúsculas que nem
nos damos conta de sua presença neste caminho. Continuando, vamos encontrando
mais pedras ao nosso lado, mas estas são diferentes, são bem maiores, umas até
nos fazem sombra, mas não nos afetam diretamente. Ora, por que nos preocupar
com isso? Não está nos fazendo mal...
Seguindo
caminho, essas tantas pedras ao lado não desaparecem, e começam a aparecer na
nossa caminhada outras, mas estas não tão pequenas como as de antes, tomam uma
dimensão um pouco maior, mas hora... Ainda não nos afetam, podemos passar por
elas, erguer um pé e outro e passar por cima, somos maiores, isso não vai nos
prejudicar.
Com
mais tempo de caminhada, andando e andando, passando por diversos lugares,
conhecendo inúmeras coisas, logo percebemos que no decorrer do caminho as
pedras vão se tornando maiores, chega um ponto em que não é possível mais
passar por cima, não basta apenas erguer os pés, mas ainda há alternativas,
desviá-las ou ainda empurrar, levaria um pouco mais de esforço, mas,
conseguiríamos continuar a caminhada.
Seguindo,
logo vai dificultando-se a jornada. Até chegar um ponto onde tudo o que se fez
lá atrás não adianta mais, não dá para passar por cima, não dá para empurrar
para o lado, desviar. Um paredão como se as pedras que no começo estavam do
nosso lado fazendo algumas vezes sombra entrassem no nosso caminho. Estamos
presos pelo lado e pela frente, voltar não dá mais, o que já passamos não é
possível retornar, é um caminho fragmentado e sem volta.
O
que iremos fazer? Enfrentar essas pedras e destruí-las com todas as nossas
forças? Sentar e esperar, sofrer por não poder fazer nada? Tentar subi-las, com
possibilidade de cair e se machucar não podendo agarrar em nada, deslizar pelas
dificuldades, procurar um ponto de apoio, e se não houver? Esperar um
terremoto, uma explosão, para destruí-las? Mas a gente no meio disso tudo vai
aguentar esses eventos, esperando que a pedra não aguente e se desfaça, e aí o
caminho estar aberto? Será que é melhor sentarmos e esperar o tempo dar uma
solução? A chuva aparecer, um dia forte outro dia fraco, a garoa, logo após o
sol, o vento e a chuva novamente, o que vamos fazer enquanto isso? Continuarmos
parados? Em que mundo estamos?
O que faz uma pedra ao nosso lado e na nossa
frente? Por que na verdade estamos sozinhos? Por que não podemos voltar? Por
que não aparece alguém? Por que? Eu não queria estar aqui, por que estou? Deixa
eu sair, eu prosseguir, me dá uma ajuda, mas se estou sozinho a quem peço? É
eu, é só isso? Eu e dificuldades, eu e o tempo, eu e meus pensamentos e
sentimentos, eu, eu, eu, eu... e mais “alguém ou alguéns” me afetando
diretamente que nem sei onde está e por que está, se é que existem. Onde é
isso?
(Renan Vinícius
Gnatkowski)
Muito bom kra... ótimo texto... me fez refletir bastante...
ResponderExcluirow que bom ler isso Alberto...Fico feliz que gostou (:
ResponderExcluirOi amiguinho, confere a publicação do meu livro...
ResponderExcluirCompra tá?!
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